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Nós na 19 Flipoços: cada feira é uma vida inteira.

Os bastidores de uma feira literária são muito maiores que os vídeos e fotos que vemos na divulgação. Veja nossa participação na Flipoços.

“Saio melhor de cada feira que vou.”

É a primeira frase que lembro de ter ouvido na Flipoços (Feira literária de Poços de Caldas) deste ano. Confesso que na hora estava meio cética. O calor era muito, a movimentação não era tão alta como esperávamos para o primeiro dia, a disposição das nossas mesas podia ser melhor, enfim, as condições de temperatura e pressão não confluiam para uma frase tão positiva.

Porém, não há nada como uma pequena adversidade para transformar o que poderia ser ruim em um parque de diversão. E parque de diversão nacional, nada desses famosinhos estrangeiros. E qual foi a receita para tamanha transformação? Vamos lá!

O primeiro e mais importante de tudo é deixar o caldo ferver e disso entendemos bem por lá, o calor estava de fazer descer suor roupa abaixo e não é exagero, apesar de estarmos em um lugar considerado fresco para os padrões brasileiros, e mais ainda para nossos padrões cariocas, o calor estava com vontade de dizer para o outono que não, ele não ia embora com o final do verão. Muitas pessoas moradoras de lá passavam e diziam que já era época dos cachecóis estarem fora do armário e sem cheiro de mofo, e isso só aumentava a fúria do nosso suor desesperado para sair dos poros.

Depois do caldo quente, pegue algumas cabeças pensantes e com visão de negócio e as posicione umas perto das outras. No nosso caso, foi a mera força do acaso, existe mesmo acaso? Essas cabeças juntas têm a ideia da transformação, e partem para execução, mas claro que nada na vida é tão fácil, não é mesmo?

Vieram mais algumas pedrinhas neste caldo, era preciso convencer o resto dos ingredientes que mudanças eram necessárias. Não foi de uma vez só que conseguimos, mas desistir não faz parte de um bom povo brasileiro que já lutou tanto para ser ouvido. E junto com a gente tínhamos a força de bons heróis nacionais, verdadeiros, com alma de solidariedade e inovação, afinal temos o inventor do avião neste país, não seriam pedrinhas que iam nos parar.

Mudanças estruturais feitas, veio o acaso novamente. Já perguntei se ele existe? Ele pegou pessoas que poderiam estar afastadas, e as colocou próximas umas às outras, todas tinham a mesma forma de encarar o mundo: com risadas, alegria, uma pitada de sarcasmo, por que não? Força de vontade e muita imaginação. A confluência de coisas boas não pararia mais depois de tanta energia boa emanando e abraçando o mundo.

Vieram as contações de histórias, no palco, em três sessões para mais de 150 crianças. As contações individuais para crianças que se aproximavam de nós, a excelente receptividade para nossos livros, as histórias que não contamos mas que ouvimos, as experiências vividas na feira e no pós feira, os aprendizados.

Contar histórias é algo muito especial para nós. E como dissemos no nosso texto https://editorapedepalavra.com.br/blog-7-beneficios-da-literatura-infantil/ acreditamos no poder da leitura e desses momentos para as crianças. Tudo isso torna mais especial essa experiência.

Voltamos com tanta força para as próximas etapas da editora que as ideias saem pelos poros como o suor na feira, na verdade, as ideias geram mais suor, porque voltamos trabalhando muito. Mais livros no horizonte, mais uma feira marcada, além das outras que já tínhamos. Alguns amigos no coração, muitas experiências e histórias para contar.

Os bastidores são intensos, mas sem dúvidas dão muito mais sabor a esse caldo incrível que é trabalhar com livros.

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